MOEDAS DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM A MAÇONARIA
Moedas

MOEDAS DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM A MAÇONARIA


1. Antiga moeda portuguesa, que teve em diferentes épocas diferentes valores. Unidade convencional no sistema monetário do Brasil. Pl: réis.
2. Histórico das Moedas no Brasil: Dom Sebastião, rei de  Portugal, determinou a circulação de moedas portuguesas no Brasil em 1568, porém a partir dessa época as moedas eram o pau-brasil, o açúcar e o ouro, que formaram os ciclos econômicos no Brasil Colônia. As primeiras moedas cunhadas no Brasil entraram em circulação nos anos de 1645, 1646 e 1654. Essas moedas foram colocadas em circulação pelos holandeses (neerlandeses), que controlavam Pernambuco e fizeram as moedas para pagamento de seus soldados. Em 1694cria-se a primeira  casa da moeda na Bahia, que previa a cunhagem da grande diversidade de moedas que circulavam na América Portuguesa desde o fim da União Ibérica em 1640. Entre 1695 e 1698 foram criadas as primeiras moedas para uso exclusivo na colônia. Durante e após esse período, existiram casas da moeda em Pernambuco, na Bahia e no Rio de Janeiro. Na Casa da Moeda no Rio de Janeiro foram cunhadas em 1703 as primeiras moedas para uso no Reino Unido, portanto válidas também em  Portugal. Atualmente, a Casa da Moeda do Brasil produz em média 2,4 bilhões de cédulas e 1,5 bilhão de moedas por ano. A primeira sede da instituição foi construida na Praça da República, no centro do Rio de Janeiro. Atualmente, a fábrica da Casa da Moeda fica no bairro de Santa Cruz, também no Rio de Janeiro. A primeira moeda a circular no Brasil foi o real, plural réis, corruptela de reais. Pois é, o real vem desde 1500. Em 1830, surgiu a primeira nota. Com a República, começa a circular o papel moeda de maior valor: 1 conto de réis, equivalente a um milhão de réis, ou seja, mil vezes reis. Em 1942, no governo de Getúlio Vargas, o mil réis, que o povo apelidou de merréis, desapareceu. Acompanhe agora as mudanças do nosso dinheiro ao longo do tempo: - Real (plural: Réis) de 1500 a 1834. - Mil Réis de 1834 a 1942. - Conto de Réis (equivalente a um milhão de réis). - Cruzeiro de 1942a 1967. - Cruzeiro Novo de 1967 a 1970. - Cruzeiro de 1970 a 1986. - Cruzado de 1986 a 1989. - Cruzado novo de 1989 a 1990. - Cruzeiro - de 1990 a 1993. - Cruzeiro Real de 1993 a 1994. - Real (plural: Reais) de 1994 até atualmente.
Polêmica Atual:
Deus seja louvado: Frase impressa nas cédulas de real. Procurador quer retirar a expressão Deus seja louvado: A manutenção da expressão Deus seja louvado (...) configura uma predileção pelas religiões adoradoras de Deus  como divindade suprema, fato que, sem dúvida, impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões cultuadas em solo brasileiro, afirma trecho da ação, assinada pelo procurador Jefferson Aparecido Dias. Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: ?Alá seja louvado?, ?Buda seja louvado?, ?Salve Oxossi?, ?Salve Lord Ganesha?, ?Deus não existe?. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus. No pedido, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão diz que a existência da frase nas notas fere os princípios de laicidade do Estado e de liberdade religiosa. (13/11/2012). Parecer do Banco Central: O Banco Central, consultado pela Procuradoria, emitiu um parecer  jurídico em que diz que, como na cédula não há referência a uma religião específica, é perfeitamente lícito que a nota mantenha a expressão. O Estado, por não ser ateu, anticlerical ou antirreligioso, pode legitimamente fazer referência à existência de uma entidade superior, de uma divindade, desde que, assim agindo, não faça alusão a uma específica doutrina religiosa, diz o parecer do BC. O texto do BC cita ainda posicionamento do especialista Ives Gandra Martins, em que afirma que a Constituição foi promulgada, como consta do seu preâmbulo, ?sob a proteção de Deus?, o que significa que o Estado que se organiza e estrutura mediante sua lei maior reconhece um fundamento metafísico anterior e superior ao direito positivo. Parecer da Igreja Católica: Na Folha Online: O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, questionou nesta segunda-feira (12) a ação do Ministério Público Federal que pede que as novas cédulas de real sejam produzidas sem a expressão Deus seja louvado. Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?, afirmou, em nota. Para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo. E os que creem em Deus também pagam impostos e são a maior parte da população brasileira.
Ensaio: Um procurador que, quando está desocupado, decide perseguir? Deus! Volte e meia, tudo indica, o procurador  Jefferson Aparecido Dias,  do  Ministério Público Federal, fica com síndrome de abstinência dos holofotes e decide, então, inventar uma causa para virar notícia. Aprendeu, com a experiência, que dar uns cascudos em Deus - nada menos - ou na fé de mais de 90% dos brasileiros, que são  cristãos, rende-lhe bons dividendos. Eventualmente ele pode juntar o combate à religião a alguma outra causa politicamente correta (já chego lá), e aí tem barulho garantido. E, por óbvio, granjeia o apoio de amplos setores da imprensa, que podem até admirar o lulo-petismo, mas acham que religião é mesmo um atraso? Acham legítima a fé num demiurgo mixuruca, mas não em Deus. Entendo. É uma questão de padrão intelectual. A mais nova e essencial decisão deste senhor, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, de São Paulo, foi entrar com uma ação civil pública para retirar das notas do real a expressão Deus seja louvado. É o mesmo rapaz que de mobilizou para caçar e cassar todos os crucifixos de prédios públicos, lembram-se? Também foi ele que tentou, sem sucesso, levar o pastor Silas Malafaia às barras dos tribunais quando este protestou contra o uso de santos católicos em situações homoeróticas numa parada gay. Referindo-se a ações na Justiça, o pastor afirmou que a Igreja Católica deveria baixar o porrete e entrar de pau nos organizadores do evento. O contexto deixava claríssimo que se referia a ações na Justiça. O procurador, no entanto, decidiu acusar o religioso de incitamento à violência. Era tal o ridículo da assertiva que a ação foi simplesmente extinta. Eis Jefferson Aparecido Dias! Eu o imagino levando os recortes de jornal para as tias: Este sou eu? Jefferson é um homem destemido. Não tem receio de demonstrar a sua brutal e profunda ignorância. É do tipo que diz bobagens de peito aberto. Depois de gastar dinheiro dos contribuintes com a questão do crucifixo e com a tentativa de ação contra Malafaia, ele agora se volta para as notas do real. E justifica a sua ação com esta boçalidade intelectual: A manutenção da expressão ?Deus seja louvado? (...)  configura uma predileção pelas religiões adoradoras de Deus como divindade suprema, fato que, sem dúvida, impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões cultuadas em solo brasileiro (?). Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: ?Alá seja louvado?, ?Buda seja louvado?, ?Salve Oxóssi?, ?Salve Lord Ganesha?, ?Deus não existe?. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus. Como se nota, trata-se de uma ignorância cultivada com esmero, com dedicação, com afeto até. Jefferson é do tipo que ama as tolices que diz, o que é demonstrado pelo recurso da enumeração. Trata-se, assim, para ficar no clima destes dias, de uma espécie de continuidade delitiva do argumento. Vamos ver. O procurador é o tipo de temperamento que gosta de propor remédios para males que não existem, o que é próprio de certas mentalidades autoritárias. Em que a expressão Deus seja louvado impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões? Cadê os confrontos? Onde estão os enfrentamentos? Apontem-me as situações em que as demais religiões, em razão dessa expressão, passaram por um processo de intimidação. Em tempo: Alá é Deus, doutor! Vá estudar! Não sei que idade tem este senhor, mas sei, com certeza, que ele se formou na era em que oprincípio da igualdade tem de se sobrepor a qualquer outro, mesmo ao princípio da realidade e da verdade. Ora, Deus -sim, o cristão! - tem, para a esmagadora maioria dos brasileiros, uma importância cultural, moral, ética e religiosa que aqueles outros símbolos religiosos não têm. Todos os brasileiros são iguais no direito de expressar a sua fé - e isso está assegurado pelo Inciso VI do Artigo 5º da Constituição, a saber: VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias. Ocorre, doutor Jefferson, que a mesma Constituição que garante essa liberdade - e que assegura a liberdade de expressão, aquela que o senhor tentou cassar do pastor Malafaia - também tem o seguinte preâmbulo: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Como é que o doutor Jefferson tem o topete de evocar uma Constituição promulgada sob a proteção de Deus para banir das notas do real a expressão Deus seja louvado, sustentando que ela impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões? Doutor Jefferson é macho o bastante (em sentido figurado, claro, como o emprega o povo) para dar início a um movimento para cassar Deus da Constituição? Ou, acovardado, ele se limita a perseguir crucifixos em repartições públicas e a expressão genérica da fé em cédulas de dinheiro? A Constituição que tem Deus em seu preâmbulo persegue ou protege os crentes em Oxóssi? A Constituição que tem Deus em seu preâmbulo persegue ou protege os crentes em Lord Ganesha? A Constituição que tem Deus em seu preâmbulo persegue ou protege os ateus? O nome disso é intolerância. Esse mesmo procurador já tentou processar um outro pastor evangélicos que atacou o ateísmo  - ainda que o tenha feito em termos impróprios. Já me ocupei de doutor Jefferson neste blog algumas vezes no passado. Quase invariavelmente, ele comparece ao noticiário tratando de questões dessa natureza, o que, fica evidente, caracteriza uma militância. O que me pergunto é se este senhor, ele sim!, por ser eventualmente ateu (e é um direito seu), não tenta usar uma posição de autoridade que conquistou no estado brasileiro para impor a sua convicção. Maiorias, minorais e respeito. Nas democracias, prevalece a vontade da maioria na escolha dos mandatários e, frequentemente, no conteúdo das leis. Elas também se fazem presentes nos costumes e nos valores. Mas o regime só será democrático se os direitos das minorias forem garantidos. Haver na cédula do real a expressão Deus seja louvado significa, sim, que este é um país em que a esmagadora maioria acredita em Deus, mas não caracteriza, de modo nenhum, supressão dos direitos daqueles que não acreditam em Deus nenhum, que acreditam em vários deuses ou que simplesmente acham a religião uma perda de tempo. Em sociedade, a afirmação positiva de um valor não implica, necessariamente, a cassação da expressão de quem pensa de modo diferente. Ora, seria mesmo um despropósito, meu senhor, que houvesse, no Brasil, com a história e com o povo que tem, algo como Lord Ganesha seja louvado ou Oxóssi seja louvado pela simples e óbvia razão de que essas, quando considerada a sociedade brasileira no seu conjunto, são crenças de exceção, que traduzem escolhas e convicções da minoria do povo. O Brasil é uma nação de maioria cristã, o que o doutor não conseguirá mudar. O que se exige é que essa nação resguarde os direitos de quem quer cultuar outras divindades e deuses ou deus nenhum. E isso está garantido pela Constituição Brasileira, promulgada sob a proteção de Deus.Finalmente, o argumento de que o estado é laico - e, felizmente, é mesmo! - não deve servir de pretexto para que se persigam as religiões. Um estado laico não significa um estado ateu, que estivesse empenhado em combater as religiões. A sua laicidade é afirmativa, não negativa; ela assegura a livre expressão da religiosidade, em vez de reprimir a todos igualmente. Entendeu a diferença, doutor? Sei que a questão parece menor, quase irrelevante. Mas não é, não! Essa é apenas uma das vezes em que supostos iluministas, falando em nome da razão, tentam impor uma espécie de censura da neutralidade ao conjunto da sociedade. Pretendem que escolhas com viés ideológico sejam apenas as alheias, a de seus adversários. Promovem permanentemente uma espécie de guerra cultural contra os valores da maioria para poder acusá-la de autoritária. Como sabemos, a cada vez que os ingleses cantam God save our gracious Queen e se ouve o eco lá naquele novo continente - And this be our motto: In God is our trust -, o que se tem é a voz da ditadura cristã dominando o mundo, não é mesmo? Deveria haver um limite para o ridículo, mas não há! Parece que o que falta ao procurador é serviço! (Texto publicado por Reinaldo Azevedo - 13/11/2012).
Logo, logo vão querer retirar também a Marianne (rs).
Marianne e a Maçonaria: Você sabe a relação entre a Estátua da Liberdade e a mulher estampada nas notas do Real? Elas são a mesma pessoa: Marianne. E, por incrível que pareça, Marianne não está presente apenas nos EUA e em nosso rico dinheirinho. Ela também está presente na Maçonaria. Até os livros escolares já se renderam à verdade de que a Maçonaria teve papel fundamental na Revolução Francesa, com a qual compartilha seu principal lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Pois bem, a Liberdade deveria ser o primeiro princípio a ser alcançado, pois sem Liberdade não haveria como promover a Igualdade e vivenciar a Fraternidade. E os franceses adotaram como símbolo dessa liberdade a imagem de uma mulher, a qual ficou conhecida como Marianne. Seu surgimento deu-se entre Setembro e Outubro de 1792, e seu nome nada mais é do que a união de Marie e Anne, dois nomes muito comuns entre as mulheres francesas do século XVIII. Marianne se tornou símbolo da Revolução e de seus ideais e, com o êxito do povo, alegoria da República. Era chamada por uns de Senhora da Liberdade e por outros de Senhora da Maçonaria. Bustos de Marianne contendo o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade não somente podem ser vistos em praticamente todas as prefeituras e principais edifícios públicos da França, como é peça obrigatória em todos os templos maçônicos daquele país.
Para melhor entender o texto:
Lord Ganesha: Ganesha é o primeiro Deus a ser reverenciado em todos os rituais Hindus. Está nas portas dos templos e casas protegendo as suas entradas. Ganesha é o Deus que remove todos os obstáculos, ele é o protetor de todos os seres. Ele também é o Deus do conhecimento. Ganesha representa o sábio, o homem em plenitude, e os meios de realização. Sua figura revela um significado profundo e necessita ser desdobrada. Simbologia: Ganesha tem uma enorme cabeça de elefante, imensa para um corpo de menino indicando sua capacidade intelectual e a firme dedicação ao estudo das escrituras. Ganesha é o Sábio. Ganesha tem na fronte o Vibhuti e um pequeno tridente indicando que é filho de Shiva  - o Senhor da disciplina e da aniquilação da ignorância, indica também, que o sábio tem sempre em mente o Ser Supremo.
Quem é Oxóssi? Oxóssi é o Orixá da caça, do verde, das matas, é o Orixá da fartura, o grande caçador é ele quem traz para o homem as plantas curativas. De natureza telúrica vibra sobre tudo que nasce sobre a terra, exceto as plantas tóxicas e venenosas. É um vencedor,  traz para o povo a sobrevivência, a fartura, a cura das doenças pela natureza, a saúde plena. O povo da Bahia ligou Oxóssi a São Jorge, festejado em 23 de abril. No Rio de Janeiro, em São Paulo e no sul do País ele foi sincretizado com São Sebastião e seu dia é 20 de janeiro.
João Ivo Girardi



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