Moedas
DNA do dinheiro nas Américas - PARTE II
1-D. João V,1730 M, dobra de 12.800 réis.
2-D. João VI Regente, 1811 R, 6.400 réis.
3-D. Pedro I,1824 R, 4.000 réis.
4-LXXX réis verdadeira, cobre.
5-LXXX réis falsa (tipo xem-xem), cobre.
6-Cobre com carimbo de 40, alterando o valor.
7-Cobre de 75 réis,1830 M com golpe da lei.
8-D. Pedro II menino, 1834 R, 10.000 réis.
9-D. Pedro II papo de tucano, 1851, 20.000 réis.
10-D.Pedro II, 20 réis de bronze.
11-D. Pedro II em 20.000 de ouro de 1889, às vésperas da proclamação da República.
12-França, perfil com barrete frígio que inspira o dólar de Morgan de prata.
13-Efígie da República.
14-Moeda brasileira de ouro de 1889.
15-2.000 réis de 1906 com peso declarado: XX grammas.
16-Real em circulação em 2011.
O período colonial durou mais no Brasil do que na América do Norte. O ciclo do ouro beneficiou Portugal e o esgotamento das minas gerou crises. invasões de Napoleão Bonaparte obrigaram a corte portuguesa a se transferir para o rio em 1808. Carimbos de 960 réis foram aplicados em reales de prata das colônias espanholas que valiam 750 no mercado. A diferença
ajudou a financiar o tesouro do reino. Ao contrário da América independente, onde as primeiras moedas foram cunhadas lembrando que ?tempo é dinheiro?, as moedas imperiais brasileiras
mantiveram boa parte da simbologia do reino colonial. A transição do império para a república foi tortuosa. Custos de guerra e gastos da corte aceleraram a inflação. Carimbos e mudanças
de padrão impediram a formação de uma memória brasileira de valor da moeda. Seguindo a
boa e velha lei de Gresham, moedas más expulsaram moedas boas de circulação. Moedas de
ouro foram entesouradas: D. João V, D. João Vi e D. Pedro ii. Moedas de cobre foram passadas
adiante, depreciadas por todos os tipos de falsificação e carimbos. O Barão de Mauá registra,
em autobiografia, a vergonha causada pelo cobre. O Brasil não foi o único país vitimado pela
praga do cobre falso entre os séculos XiX e XX. Nesse intervalo, a mente humana começava a
trocar a moeda metálica pelo papel-moeda. leis rigorosas foram aplicadas para acabar com o
negócio em Nova York e alguns falsários passaram a operar no Brasil.
A imagem de D. Pedro ii, que dominou as moedas com retratos de criança, adolescente, adulto
e uma grande barba imperial, foi aposentada pela república em 1889. Surge a alegoria feminina com o barrete frígio, inspirada pela liberdade francesa que, por sua vez, copiou o barrete
romano e inspirou também outras moedas como o dólar de Morgan.
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