O SURGIMENTO DA MACUTA
A cunhagem das moedas de cobre constava de peças de 1 macuta, ½ macuta, ¼ de Macuta e 5 réis, atribuindo-se à Macuta o valor de 50 réis.
Quanto à emissão de moedas de prata, constava de peças de 12, 10,8,6,4 e 2 macutas, sendo estas, de uma forma geral, semelhantes às de cobre.
Neste período viviam-se tempos particularmente difíceis na colônia, motivados pelo monopólio da moeda.
Em 1960 a situação econômico/financeiro em Angola era de fato muito ruim.
Havia pouco dinheiro, as receitas que entravam nos cofres públicos eram na sua maior parte constituídas por letras e títulos de divida.
Com o objectivo de fazer fluir metal sonante aos cofres, decidiram as autoridades coloniais suprimir a aceitação de letras, limitando os pagamentos apenas a dinheiro e aos irrecusáveis títulos de divida.
Mas esta medida também não surtiu efeito, extinta a moeda de cobre carimbada, assim como as cédulas de papel, passou toda a moeda circulante da colônia a macuta ( moeda de cobre angolense), a exprimir-se pelo valor Real, moeda do reino português.
Até 1864, a atividade econômica em Angola repousava essencialmente sobre os mecanismos do tradicional sistema de permutação de gêneros.
Nesta permuta os meios mais correntes de pagamento eram as fazendas, o Zimbo, as pedras de sal da Kissama (que corriam em toda a parte) e os libongos.
A quantidade de capital circulante, já por si diminuta, em virtude da ausência de indústria, perdia-se nas mãos de meia dúzia de particulares, geralmente comerciantes.
Não existiam instituições de crédito, e em virtude disso eram os particulares que, regra geral, prestavam serviços próprios dos bancos, cobrando pelos empréstimos juros abusivos.
Porém, com a ampliação do comércio e a criação de indústrias em Angola a situação modificou-se.
De 1910 a 1962 lança o Estado colonial português no mercado a emissão ?Vasco da Gama?, o ?escudo?, as cédulas do Banco Nacional Ultramarino, as ?ritas? e os ?chamiços?, os ?angolares? e por último, em 1953, o ?escudo? como unidade monetária.